MONOTONIA
Acordei as três da manhã, não
havia notificação nenhuma no celular, exceto alguns tweets, mas quem iria me
mandar alguma coisa naquela hora, além de alguns poucos caras que deletei do
meu tinder?
Olhei pro lado, pensei um
pouco e uma ideia gigantesca veio a minha cabeça e na hora quis anotar, mas o
brilho do celular cansou minha vista e ao invés de escrever, fechei os olhos e
por consequência voltei a dormir. Agora de manhã já não me lembro nem a essência
da ideia, menos ainda como eu iria fazer com que ela acontecesse, mas o
sentimento de perda está em mim, sei que talvez não tenha sido a melhor ideia
que já tive, mas era algo e perde-la me irrita.
Era para um de meus textos e
agora sem ela não sei sobre o que escrever e estagnei, escrevi três vezes o
mesmo paragrafo e deletei, pensei em poemas e não os fiz, olhei pela janela
buscando inspiração e nada me veio, até olhar para a parede eu olhei, vai que
foi nela que me inspirei, não é mesmo? E mesmo assim, nada obtive.
Até que percebi, escrevi três
parágrafos sobre a mesma ideia, mesmo sem saber sobre o que era. Montei um
texto sobre algo que queria falar, mas não sabia o que e olha só, o que estava
a me irritar é agora aquilo que eu queria fazer. Me desprendi e descobri que
nem sempre preciso de ideias mirabolantes, viagens gigantescas ou uma festa
agitada para escrever. A monotonia tanto pode ser caos e tédio como pode ser
inspiração e motivação se bem observada.
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